domingo, 19 de setembro de 2010

A Política como mera profissão


A população anda descrente das instituições políticas, é crescente a despolitização. Daqui a exatamente 15 dias estaremos escolhendo novos representantes, mas o que se pode observar quanto a classe de deputados é a população ainda indecisa, você já escolheu o seu? Eu também não! Desconheço sua utilidade é que ao longo da história os conceitos se perderam e no cenário político nacional está tudo bagunçado.

A ausência de controle social dos eleitos e seu descompromisso com as promessas de campanha só tendem a reforçar a idéia da inexistência de diferenças substanciais que há entre os partidos políticos e aumentar a frustração com a democracia representativa e as instituições políticas tradicionais. Como não se ver mudanças o sentido da campanha eleitoral e do voto se reduz a uma mera escolha de candidatos a um cargo político que, cada vez mais tender a ser identificado como profissão.

Quanto ao contexto socioeconômico da sociedade capitalista, vivemos situações que nos reforça a idéia de que tudo é comercializável até o voto. O que se pode observar é que a representação parlamentar vem segundo a lógica de uma mera profissão. Diante de um cenário que engole a perspectiva revolucionária e o que resta a muitos parlamentares é a sua adequação a estrutura vigente, onde o objetivo é permanecer nessa atividade, para evitar que os outros o façam ou pelo simples fato de não terem mais profissão no mundo da produção.

À população resta assistir a um espetáculo em que a consciência política que movia militantes e dava sentido a representação política é dispensada pelo marketing em nome de uma eficiência eleitoral onde a política se resume a mera profissão.

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