O
principal objetivo do plano não era acabar com a inflação, nem com a indexação,
mas evitar a sua aceleração e a hiperinflação, e para isso era necessário
diminuir o déficit público que já representava uma parte considerável do PIB,
pois nesta época os gastos do governo eram superiores as receitas provenientes
dos impostos recolhidos no território nacional.
As
medidas adotadas:
· Congelamento
de salários, com inflação corrigida após seis meses ao nível de 12 de julho;
· Congelamento
de preços por três meses, observando que aumentaram vários preços antes do congelamento;
· Mudança da base do índice de Preços ao Consumidor (IPC), incorporada a inflação para não sobrecarregar o mês
de julho;
· Desvalorização
do câmbio em 9,5% em ao nível de 12 de junho, sem congelamento, mas com
desvalorizações suaves, e com menor ritmo;
·
Congelamento do preço de aluguéis de junho sem
nenhuma compensação;
·
Manutenção dos contratos pós fixados e
desvalorização mensal de 15% para os pré fixados;
·
Criação da (URP), unidade Referencial de Preços,
que
corrigia os salários de três em três meses.
corrigia os salários de três em três meses.
Vale ressaltar que foi mantida uma política fiscal com taxa de juros positiva para incentivar a poupança. Como política de curto prazo o Plano Bresser teve êxito, inclusive conseguiu equilibrar a balança comercial, mas com o aperto nos preços, a indústria se sentiu desestimulada a produzir por conta do aumentos nos custos.O desequilíbrio de preços fez com que a inflação voltasse novamente, pois as pressões das classes trabalhadora e industrial que resultou em ganhos de reajustes para várias categorias começando pelos funcionários do governo e se espalhou para todas as classes.
E em dezembro de 1987, o plano não conseguiu controlar mais o déficit público, apesar de ser este seu objetivo principal.Impossibilitado de tocar a política monetária em virtude de interesses contrários do governo Sarney, não o permitindo manter a austeridade fiscal, Bresser pede demissão e assume o Ministro Maílson da Nóbrega que já inicia propondo uma política econômica sem medidas drásticas, tenta conviver com a inflação fazendo ajustes localizados, essa política foi denominada de "Feijão com Arroz", a qual deveria evitar a hiperinflação. Porém em 1988 a inflação chega a 933% e o governo lança mais um plano econômico.
E em 15 de janeiro de 1989, Plano Verão determina o corte de três zeros; criando o "Cruzado Novo" mais um congelamento de preços é extinta a correção monetária e o plano propõe a privatização de algumas estatais e cortes nos gastos públicos, onde os funcionários contratados nos últimos cinco anos seriam exonerados. Os cortes não aconteceram ficaram somente no papel. O governo não realizou nenhum ajuste fiscal, as discussões no congresso sobre o período do mandato de presidente impediram qualquer tentativa de medidas mais austeras
O Plano Verão vira estatística que passa a
preencher o rol de planos econômicos desastroso do período. Em dezembro do
mesmo ano a inflação atingiu 53,55%. E de 1989 a 1990, a inflação chega a marca
de 2.751%.a.a.
Material de Apoio
ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA - A
Saga dos Planos Heterodoxos: A economia Brasileira de 1985 a 1994. Cap. 17
http://www.docstoc.com/docs/4284448/Plano-Ver%C3%A3o.
Acessado em 19/07/2011.