domingo, 9 de agosto de 2009


ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL


Estado continua com baixo desenvolvimento. Estudo do Ipece aponta os dez municípios em melhor e pior situação

Considerando, em conjunto, a oferta de serviços nas áreas de educação, saúde e habitação (saneamento básico) e as condições de geração de emprego e renda para população, o Ceará tem avançado. Mas ainda não o suficiente. Apesar de sensível melhora, com alguns municípios obtendo melhor classificação, o Índice de Desenvolvimento Social (IDS), calculado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) revela que, em 2007, a grande maioria das cidades ainda permanece conceituada como regular. Naquele ano, 171 localidades, ou 93% do total, obtiveram esse conceito, ante 137 (74%) verificadas em 2004. Ao mesmo tempo, apenas sete municípios do Estado, ou 4%, conseguiram atingir o nível bom. O que revela considerável melhora, dado que, em 2004, somente uma localidade tinha essa avaliação. Porém, o maior destaque fica mesmo para o sensível avanço na diminuição da quantidade de municípios com conceito ruim que, no mesmo período, caiu de 46 para somente seis cidades. Uma queda de quase 87%, reduzindo de 25% para cerca de 3% o número de localidades nessa condição. Nenhuma localidade obteve conceito ótimo. De fato, estudo recentemente divulgado pela FGV Projetos confirma que, em 2007, o Ceará evoluiu, porém do grupo de baixíssimo desenvolvimento para o de baixo desenvolvimento, ocupando a 6ª posição no Nordeste, conforme o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (IDSE), que é calculado por esta entidade.

O documento destaca os avanços socioeconômicos da Região. Contudo, apresenta também os focos de políticas públicas que ainda precisam de revisão. Apesar do pequeno avanço, aponta a FGV Projetos, o Ceará continua em um patamar de desenvolvimento muito baixo e precisa avançar em políticas públicas voltadas, sobretudo, à educação e à moradia.

FIQUE POR DENTRO
IDS pode subsidiar formulação de políticas

No Ceará, a análise da inclusão social vem sendo realizada através do Índice de Desenvolvimento Social (IDS), um índice sintético, construído a partir de indicadores de oferta de serviços públicos e de resultados destes serviços. Fornece informações para subsidiar a formulação e avaliação das políticas e programas do Governo do Estado. O que diferencia o IDS da maioria dos indicadores sociais é a sua divisão em duas dimensões de política. A primeira, refere-se aos objetivos finais alcançados em termos de inclusão, e a segunda dimensão relaciona-se instrumentos empregados pelo governo para alcançar tais objetivos. Apesar das prioridades serem os resultados, o governo só possui controle sobre a oferta de serviços públicos.

Texto: Diário do Nordeste em 09/08/2009

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