A hipótese de homogeneidade dos produtos é essencial para
definição da concorrência perfeita. Neste arcabouço analítico, como os
consumidores consideram os produtos idênticos (os substitutos perfeitos), a
ocorrência de preços distintos não permite à empresa com preço superior
realizar vendas, pois os consumidores optam por adquirir apenas da empresa com
menor preço. Por isso, quando são considerados mercados sem diferenciação de
produtos, respeitando as demais condições competitivas, o preço é único, sendo
definido pelo mercado. As empresas são tomadoras de preços (Prince takers), já
que não podem influenciar o preço de mercado e, na verdade, se deparam com
curvas de demandas perfeitamente elásticas.
Os produtos são diferenciados segundo diversos aspectos
como: local da oferta, qualidade do produto ou percepção da marca.
Rigorosamente, basta que os consumidores percebem os produtos como diferentes,
isto é, que tenham preferências subjetivas distintas, para ocorrer
diferenciação de produtos.
Com a diferenciação de produtos decorre de fatores
subjetivos, qualquer listagem das possibilidades de diferenciação é incompleta.
Em linhas gerais, os produtos são diferenciados conforme os seguintes
atributos: especificação técnicas, desempenho ou confiabilidade; durabilidade;
ergonomia design; estética; custo de
utilização do produto; imagem e marca; formas de comercialização; assistência
técnica e suporte ao usuário; financiamento aos usuários.
Há setores que apresentam vocação maior para
diferenciação, condicionada às características do produto (tecnológicas e
possibilidades de uso). Embora a introdução de um produto novo dependa, antes
de tudo dos critérios de avaliação dos consumidores. Existem dois tipos de
diferenciação de produto: horizontal e a vertical.
Quanto aos modelos de competição monopolista existem dois
modelos locacionais para exemplificar: o Modelo da Cidade Linear e o Modelo da
Cidade Circular.
Os modelos locacionais, tais quais o modelo de
Chamberlin, admitem hipóteses muitos restritivas, constituindo-se, sobretudo,
em um esforço de formalização. Joe Bain, em 1956 considerava a vantagem de
diferenciação de produto das fontes de diferenciação à dinâmica das industrias.
A diferenciação surge como resultado de uma inovação de produto que propicia
poder de monopólio para as empresas inovadoras, dando lugar a lucros
extraordinários. A competição pela diferenciação acaba atuando de três formas:
aumenta as vendas de uma empresa em particular; atua sobre a demanda de mercado
como um todo, incorporando novos consumidores; e garante a sobrevivência da
empresa no mercado. Neste sentido, a diferenciação é ao mesmo tempo, uma arma
agressiva, na medida em que a empresa está buscando garantir uma demanda maior
para seus produtores, e defensiva, porque é uma forma de garantir sua posição
no mercado em que atua.
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